A VIDA SECRETA DAS BARATAS
A coisa mais cara de Nova Yorque é a barata. A industria de pesticidas informa que os americanos gastam anualmente cerca de US$ 1,5 bilhão em produtos variados para se livrar dos invariáveis insetos. Os best-sellers são os venenos e armadilhas para insetos. Um disco preto chamado Combat, que surgiu há 5 anos com fama de infalível ( mas falha ), vende US$ 40 milhões por ano, mais de US$ 10 milhões só em Nova Yorque. E as baratas resistem. Mas convenhamos: uma criatura que sobrevive heroicamente a 350 milhões de anos não vai desaparecer por causa de um spray fedorento de US$ 1,99.
Agosto tem mau gosto de rimar com desgosto: em Nova Yorque marca o fim do verão com temperaturas amazônicas de umidade insuportável e faz a alegria das baratas, que proliferam doidamente e saem mais a vontade de seus cantos escuros. É quando se descobre que não existe mulher liberada enquanto não destruirmos as baratas. Uma barata exasperante, dispendiosa, ridícula e inútil..
O Dr. Austin Frishman, entomologista e co-autor ( com Arthur P. Schwartz ) do livrinho The Cockroch Combat Manual, diz que é melhor a gente se habituar a perder essa guerra, porque está provado que a resistência milenar da barata é capaz de sobreviver até a explosão atômica. As baratas herdarão a Terra. Entre outras informações auspiciosas, o livro também ensina tudo sobre alimentação e cuidados gerais das bichinhas, e responde as questões curiosas, tais como “As baratas são mesmas mais espertas que nós?” Não há vestígios de cérebro em suas cabecinhas achatadas. Mas a evolução da espécie deu a elas uma rede de instintos que faz bater de 8X1 os seres humanos ( e os químicos ) mais avançados.
Exterminador? A senhora esta sonhando. Exterminador, e qualquer inseticida, por mais poderoso, matam apenas de 10 a 20% das criaturas. A percentagem é quase a mesma do Roach Motel, invenção japonesa ( caixinha com tapete de cola letal ) cuja venda em Nova Yorque ultrapassa US$ 10 milhões por ano. Disse Faber: só pegam as fracassadas. Identificados com esse sentimento de inferioridade, e sabendo que há no mundo cerca de 4000 espécies conhecidas ( entomologistas falam de 6000 espécies tropicais ainda não descobertas ), nós também nos sentimos numa armadilha, da qual só a tragédia nuclear nos livrará.
Sonia Nolasco é jornalista e escreveu este artigo para o jornal Gazeta Mercantil publicado em agosto de 1996.
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ResponderExcluirMe mandem novidades
Muito bom Ficar por dentro dessas dicas, continuem assim.
ResponderExcluirMuito bonito o site, estamos adicionando vocês para os nossos links, muito bom ver uma detetizadores, realizando trabalhos assim, Parabéns.
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